Dependentes
da Nova Luz recusam atendimento, revela levantamento
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Jornal
Metrô News Lucas Pimenta
Há
pouco mais de dois anos, a concentração de usuários de drogas, em especial,
de crack, no entorno da Estação da Luz e nas ruas Helvetia ou Guaianazes vem
migrando também para outros bairros e partes da Capital, como as regiões do
Glicério e Liberdade, onde em outubro, o Metrô News denunciou um ponto da
‘Nova Cracolândia’.
A Ação Integrada Centro Legal
da Prefeitura e do Estado age nos locais e só por meio da Secretaria
Municipal de Assistência Social, até outubro, já fez mais de 22 mil
abordagens na região. Mas o número de internações para esses dependentes
químicos ainda preocupa.
De acordo com dados divulgados
pela pasta, enquanto 2.673 pessoas foram encaminhadas a tratamento de
dependência química de álcool ou drogas no Centro até outubro, 9.941
recusaram qualquer atendimento do órgão. Os dados, que apontam ainda cerca de
9 mil encaminhamentos a postos de serviço como obtenção de documentos,
mostram que para cada dependente que aceitou seguir para tratamento, outros
quatro permaneceram nas ruas.
Para a psicanalista com mais
de 30 anos de experiência na área e integrante da Sociedade Brasileira de
Psicologia Analítica Elza Maria Lopes, por terem optado pela situação de rua
e principalmente, pela influência das drogas na perda de valores e conceitos,
os dependentes como da Cracolândia rejeitam qualquer tipo de tratamento ou
ajuda. “O Poder Público tem que trabalhar em longo prazo para a Educação e
conscientização das pessoas para que não surjam novos dependentes nas ruas.
Para os que já estão lá, o convencimento é difícil e poucos aceitam. Cabe
muito mais a polícia coibir o fornecimento de drogas a essas pessoas, já que
tratamento, só uma minoria aceita”, diz a especialista.
Prefeitura garante
investimentos e ações para cuidar do problema
Questionada, a Prefeitura
reiterou investir no atendimento a pessoas em situação de rua e também a
dependentes químicos. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, para o
atendimento à dependência química a pasta dispõe de 22 Centros de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD). Além disso, o Município tem um CAPS
24h, na Sé, desde fevereiro de 2009. Nas unidades, segundo a Prefeitura, cada
paciente passa por atendimentos diversos, multiprofissional, além de dar
suporte não só aos pacientes como também a seus familiares. A unidade
disponibiliza um serviço telefônico, em período integral, de orientação e
aconselhamento.
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