Bairros
de classe média abrigam cracolândias prives
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Folha.com
AFONSO BENITES DE SÃO PAULO
Uma espécie de cracolândia privê funciona em casas e apartamentos de
bairros como Vila Mariana, Bixiga, Paraíso, Penha e Bela Vista, informa
Afonso Benites. A reportagem está disponível para assinantes do jornal e do
UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
São espaços discretos e seguros destinados à venda e ao consumo local
do crack.
Para entrar, é preciso ser apresentado por algum conhecido do
traficante e só consumir a droga "da casa".
Os usuários são, em sua maioria, homens de classes média e baixa, com
idades entre 18 e 35 anos, de diferentes profissões.
Há dois tipos de cracolândia privê. Em uma, o usuário compra a pedra e
a consome em um dos cômodos.
Na outra, que chamam de "mocó", ele pode morar como num
aluguel. Pago adiantado, o valor é R$ 210; no fim do mês, R$ 300.
Na Vila Mariana, o esquema funciona em uma casa simples, em uma rua
arborizada, perto de um posto de combustíveis e dois prédios residenciais.
Tem 11 cômodos improvisados, transformados em quartos, coletivos ou individuais.
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