A
descriminalização das drogas em Portugal aumentou em 40% a criminalidade e
tornou o país recordista em casos de Aids na Europa.
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Manuel
Pinto Coelho, Presidente da Associação para um Portugal Livre de Drogas
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A
descriminalização das drogas em Portugal aumentou em 40% a criminalidade e
tornou o país recordista em casos de Aids na Europa. Foi o que revelou o
presidente da Associação Por um Portugal Livre das Drogas, médico Manuel
Pinto Coelho, numa palestra em São Paulo, no Congresso do Amor Exigente.
A
descriminalização das drogas em Portugal não permitiu de forma alguma a
diminuição dos níveis de consumo, pelo contrário. Na realidade, "o consumo
de droga em Portugal aumentou 4,2% a percentagem de pessoas que alguma vez na
vida consumiram drogas passou de 7,8% para 12% (IDT – Instituto da Droga e da
Toxicodependência português).
No que
se refere ao consumo de cocaína "os novos dados confirmam a tendência
crescente registada no último ano em França, Irlanda, Espanha, Reino Unido,
Itália, Dinamarca e Portugal" (OEDT). Enquanto as taxas de uso de
cocaína e de anfetaminas dobraram em Portugal, as apreensões desta última
droga aumentaram sete vezes, a sexta mais elevada do mundo: (WDR – World Drug
Report).
No que
diz respeito ao haxixe: "É difícil avaliar as tendências do consumo
intensivo de cannabis na Europa, mas, entre os países que participaram em
ambos os ensaios de campo(França, Espanha, Irlanda, Grécia, Itália, Países
Baixos, Portugal), houve um aumento médio de aproximadamente 20%"
(OEDT).
Em
Portugal, desde que a descriminalização foi implementada, o número de
homicídios relacionados com a droga aumentou 40%. "Foi o único país
europeu a evidenciar um aumento significativo de homicídios (WDR).
Um
relatório recentemente encomendado pelo IDT ao Centro de Estudos e Sondagens
de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa, baseado em
entrevistas directas, sobre as atitudes dos portugueses relativamente à
toxicodependência (que estranhamente nunca foi divulgado), revela que 83,7%
dos respondentes considera que o número de toxicodependentes em Portugal
aumentou nos últimos quatro anos, 66,8% consideram que a acessibilidade de
drogas nos seus bairros foi fácil ou muito fácil e 77,3% que o crime
relacionado com a droga aumentou.
E esta
é, a pungente realidade portuguesa no que diz respeito à droga e à
toxicodependência.
Para o
governo português, os toxicodependentes são encarados essencialmente como
doentes. É uma atitude suicidária e dispendiosa para o erário público. Fingem
que estão doentes e o governo finge que os trata!
A
descriminalização do consumo, da posse e da aquisição para o consumo,
penaliza apenas quando se adiciona outro ilícito ao efeito do consumo, que
funciona quase sempre como atenuante. Legalizar o crime cometido por
"drogados" (ou por "doentes" - sic) não parece a forma
mais eficaz de o combater, como o atesta a invulgar taxa de homicídios relacionados
com droga registada em Portugal em comparação com os outros países da Europa.
Facilitar o acesso à droga, não será o caminho para a redução do consumo, a
diminuição das toxicodependências e da criminalidade associada.
É
deveras curioso o que se passa em Portugal: os toxicodependentes, com o apoio
tácito do governo, invocam a sua condição de "doentes" para não
serem punidos pelos seus delitos, mas depois esquecem-se que são
"doentes" e assumem-se como pessoas livres e responsáveis, que
decidem, se, se querem tratar ou não!
Ao
considerar, pela via da descriminalização, o toxicodependente um doente e não
um delinquente, o Estado não pode depois optar, através duma política que dá
a prioridade à "redução de danos", por alimentar a
"doença" em vez de a curar!
Retumbante
sucesso? Os resultados estão à vista!
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