Tabagismo é um fator
de risco ambiental associado ao desencadeamento da esclerose múltipla
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Clica Brasília
No mês de
conscientização sobre a esclerose múltipla, a Academia Brasileira de
Neurologia chama, mais uma vez, a atenção da sociedade civil para os fatores
associados ao desenvolvimento da doença.
Somente fatores genéticos não são suficientes para manifestar a
enfermidade. Fatores ambientais são também associados à doença. Destacamos
aqui a contribuição do tabagismo, um fator ambiental que pode ser modificado
apenas com uma mudança de hábito.
A atual coordenadora do Departamento de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia, Dra. Doralina Guimarães Brum, destaca que vários estudos epidemiológicos apontam o tabagismo como um agravante na manifestação da esclerose múltipla desde os anos 60. Alguns estudos encontraram uma correlação entre o tempo de tabagismo e o número de cigarros fumados com o risco de aparecimento da doença. "A interação do tabagismo com os fatores genético necessitam de mais estudos para esclarecer os mecanismos envolvidos, mas já há evidências suficientes para alertar os pacientes com EM e seus familiares sobre a influência negativa do tabagismo sobre a doença", explicou a Neurologista. A doença Equivocadamente a esclerose múltipla pode ser associada à terceira idade, porém mulheres, entre 20 e 40 anos, são as principais atingidas pela doença. Segundo a Dra. Suzana Nunes Machado, membro da Academia Brasileira de Neurologia, a incidência é de 18 em cada 100 mil pessoas apenas nas regiões Sul e Sudeste. O diagnóstico da doença, no entanto, ainda é confundido devido aos sintomas constantemente associados a outras doenças. Quando o diagnóstico é equivocado, compromete o tratamento. "A esclerose múltipla vem, na maior parte das vezes, de forma súbita e pode haver recuperação espontânea. Frequentemente ocorrem outros períodos de piora, às vezes, com sintomas diferentes do anterior. Dores podem ocorrer e algumas queixas podem ser confundidas com problemas na coluna", explica Dra. Suzana. O diagnóstico, por sua vez, é confirmado com exame clinico e, além disso, ressonância magnética do encéfalo e da medula espinhal. Entre os principais indícios da doença, de acordo com a neurologista, estão a fraqueza de um ou mais membros, dificuldade para falar e caminhar, falta de coordenação motora, visão dupla e até mesmo perda de visão repentina e dormências em partes do corpo. Tratamento A esclerose múltipla ainda não tem cura, mas já existem alguns tratamentos medicamentos capazes de melhorar a qualidade de vida do paciente. E muitos dos medicamentos utilizados já estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os direitos do paciente com esclerose múltipla estão: - Acesso a medicamentos de alto custo; - Passe livre fornecido pelo governo federal, isto é, gratuidade no transporte coletivo interestadual convencional por ônibus; - Acesso a estacionamento especial para portadores de deficiência física ou com mobilidade reduzida; - Direito ao auxílio-doença; - Direito à aposentadoria por invalidez; - Isenção de imposto de renda; - Descontos em IPI, ICMS e IPVA, na compra de carros zero quilômetro. |
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