Nasce um
bebê por hora nos EUA com sintomas de dependência, diz estudo
(01/05/2012) Fonte: Uol Ciência
e sáude
A cada hora, nasce um bebê, nos
Estados Unidos, com sintomas de dependência de opiáceos, segundo um estudo
publicado na revista científica da American Medical Association.
Entre 1999 e 2009, triplicou o número de recém-nascidos com síndrome de abstinência no país, devido a um grande aumento na incidência de grávidas dependentes em substâncias legais e ilegais derivadas do ópio.
Segundo os autores do estudo, baseado em dados de mais de 4.000 hospitais, grande parte do problema é a dependência em remédios para dor, entre eles oxicodona e codeína.
Só em 2009, 13.5000 bebês teriam nascido no país com síndrome de abstinência neonatal.
DEPENDÊNCIA
Logo após o nascimento, a bebê Savannah Dannelley teve de ficar internada na unidade neonatal de um hospital em Illinois, ligada a máquinas que monitoravam sua respiração e batimentos cardíacos.
Ela chorava muito, tinha diarreia e dificuldade de se alimentar, problemas típicos em bebês com abstinência. Alguns também têm problemas respiratórios, baixo peso e convulsões.
Sua mãe, Aileen, de 25 anos, parou de tomar analgésicos no início na gravidez, substituindo os remédios por metadona sob supervisão médica.
Agora, tanto ela como a bebê passam por um tratamento para combater a dependência.
"É muito duro, todo dia, emocionalmente e fisicamente", disse Aileen Dannelley à agência Associated Press.
ALTOS CUSTOS
Não se sabe ao certo quais são os impactos de longo prazo para a saúde de bebês que nascem com sintomas de dependência, mas reagem bem durante as primeiras semanas de vida.
Algumas pesquisas científicas, mas não todas, apontam um risco mais alto de problemas de desenvolvimento.
O que fica claro, segundo o novo estudo, é que os custos médicos são muito mais altos com bebês que nascem com o problema.
"Bebês com síndrome de abstinência neonatal precisam de hospitalizações iniciais mais longas, frequentemente mais complexas e mais custosas", conclui o estudo.
Em média, um recém-nascido com sintomas de dependência passa 16 dias no hospital, comparado com apenas três para os demais bebês.
Para Stephen Patrick, um dos autores da pesquisa, "os opiáceos estão se tornando um grande problema nos Estados Unidos".
Marie Hayes, da Universidade do Maine, diz que em 85% dos casos de bebês com síndrome de dependência, as mães eram dependentes em remédios normalmente vendidos com receita médica e, em poucos casos, as mães eram dependentes de heroína ou estavam tomando remédios por necessidade, após um acidente de carro, por exemplo.
Um editorial da revista que acompanha o estudo diz que enquanto "os opiáceos oferecem um controle de dor superior", eles também tem sido "receitados de forma exagerada, desviados e vendidos ilegalmente, o que cria um novo caminho para o dependente em opiáceos e um problema de saúde pública materna e infantil".
Entre 1999 e 2009, triplicou o número de recém-nascidos com síndrome de abstinência no país, devido a um grande aumento na incidência de grávidas dependentes em substâncias legais e ilegais derivadas do ópio.
Segundo os autores do estudo, baseado em dados de mais de 4.000 hospitais, grande parte do problema é a dependência em remédios para dor, entre eles oxicodona e codeína.
Só em 2009, 13.5000 bebês teriam nascido no país com síndrome de abstinência neonatal.
DEPENDÊNCIA
Logo após o nascimento, a bebê Savannah Dannelley teve de ficar internada na unidade neonatal de um hospital em Illinois, ligada a máquinas que monitoravam sua respiração e batimentos cardíacos.
Ela chorava muito, tinha diarreia e dificuldade de se alimentar, problemas típicos em bebês com abstinência. Alguns também têm problemas respiratórios, baixo peso e convulsões.
Sua mãe, Aileen, de 25 anos, parou de tomar analgésicos no início na gravidez, substituindo os remédios por metadona sob supervisão médica.
Agora, tanto ela como a bebê passam por um tratamento para combater a dependência.
"É muito duro, todo dia, emocionalmente e fisicamente", disse Aileen Dannelley à agência Associated Press.
ALTOS CUSTOS
Não se sabe ao certo quais são os impactos de longo prazo para a saúde de bebês que nascem com sintomas de dependência, mas reagem bem durante as primeiras semanas de vida.
Algumas pesquisas científicas, mas não todas, apontam um risco mais alto de problemas de desenvolvimento.
O que fica claro, segundo o novo estudo, é que os custos médicos são muito mais altos com bebês que nascem com o problema.
"Bebês com síndrome de abstinência neonatal precisam de hospitalizações iniciais mais longas, frequentemente mais complexas e mais custosas", conclui o estudo.
Em média, um recém-nascido com sintomas de dependência passa 16 dias no hospital, comparado com apenas três para os demais bebês.
Para Stephen Patrick, um dos autores da pesquisa, "os opiáceos estão se tornando um grande problema nos Estados Unidos".
Marie Hayes, da Universidade do Maine, diz que em 85% dos casos de bebês com síndrome de dependência, as mães eram dependentes em remédios normalmente vendidos com receita médica e, em poucos casos, as mães eram dependentes de heroína ou estavam tomando remédios por necessidade, após um acidente de carro, por exemplo.
Um editorial da revista que acompanha o estudo diz que enquanto "os opiáceos oferecem um controle de dor superior", eles também tem sido "receitados de forma exagerada, desviados e vendidos ilegalmente, o que cria um novo caminho para o dependente em opiáceos e um problema de saúde pública materna e infantil".
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