Mistura
de energético com álcool pode causar arritmia cardíaca
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Globo
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Combinação pode estimular o alcoolismo. Palpitação forte, tontura, mal-estar, sudorese, e principalmente dor no peito e desmaio são sinais de alerta importantes após a ingestão da mistura.
O
consumo de energéticos não para de crescer no Brasil. Eles prometem aumentar
o ânimo e a disposição, mas podem provocar sérios problemas, se forem
misturados com bebida alcoólica ou ingeridos em doses elevadas. Os
fabricantes de energéticos dizem que a bebida está presente em mais de 160
países, porque as autoridades consideram o consumo seguro. E acrescentam que
o próprio rótulo alerta que a mistura com álcool não é recomendada.
O
cardiologista Leandro Echenique, do Hospital Albert Einstein e da Unifesp,
lembra que a combinação de energéticos com bebidas alcoólicas potencializa o
risco de arritmia cardíaca: “Essa mistura pode ser perigosa. O rótulo informa
que algumas populações são de risco, como crianças, idosos, gestantes e
portadores de algumas enfermidades. Para o coração, há risco, pelo fato de
ambas as substâncias poderem causar arritmia. O coração acelera ou bate de
forma irregular”.
Uma
pesquisa americana diz que 52 latas de energético por ano já é uma quantidade
perigosa e pode levar a dependência. O cardiologista Leandro destaca que a
cafeína tira a sonolência do álcool e não melhora o reflexo: “A pessoa acha
que está bem, ingere maior quantidade de álcool e acaba dirigindo. Em boa
parte das vezes, é possível reverter a situação, mas alguns danos podem ser
permanentes, como arritmias”. O médico alerta ainda que palpitação forte,
tontura, mal-estar, sudorese, e principalmente dor no peito e desmaio são
sinais de alerta importantes após a ingestão da mistura.
A
psiquiatra Fátima Vasconcellos, chefe da psiquiatria da Santa Casa da
Misericórdia do Rio de Janeiro, ressalta que as pessoas podem acreditar que
só o energético vai dar a elas condições e energia para se divertir. “A
mistura dessas substâncias gera uma falsa sensação de alegria e pode
estimular o alcoolismo, levando ao comportamento de risco”. A psiquiatra diz
ainda que almoçar com os filhos pelo menos uma vez por semana diminui o risco
do consumo de drogas e lembra que a mulher tem um terço da capacidade de
absorver o álcool. Por isso, as reações de intoxicação e são mais rápidas
nelas.
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