Suíços
desenvolvem 'salivômetro' para cocaína
|
Revista
Veja- Drogas
Aparelho vai detectar o consumo da droga através da saliva.
Pesquisadores desenvolveram técnica para flagrar motoristas infratores
Popularmente conhecida como Lei Seca no Brasil, a Lei 11.705 não
proíbe o motorista de dirigir sob a influência apenas do álcool, mas de
qualquer outra substância psicoativa. Os bafômetros utilizados pelas polícias
e agentes dos Detrans estaduais, porém, não conseguem detectar a presença de
nenhuma outra droga a não ser o álcool. Para isso, são necessários exames
laboratoriais que demoram para ficar prontos, o que impossibilita o objetivo
da lei, que é tirar o condutor infrator da rua. O mesmo problema se repete no
mundo inteiro, mas, ao menos para a detecção de cocaína, pode estar acabando
na Suíça.
Cientistas
da Escola Politécnica Federal de Zurique (ETH, na sigla em alemão), estão em
estágio final de desenvolvimento de um sensor que detecta o uso da droga,
inalada ou fumada como crack, por meio de uma amostra de saliva. O teste é
instantâneo.
O 'salivômetro' não faz uma análise química da saliva, mas visual. O
aparelho usa a faixa infravermelha do espectro visual invisível para o olho
humano para detectar o comprimento de onda deixado pela droga. Foram
necessários três anos de testes para isolar o sinal visual da cocaína do de
outras substâncias, como cafeína e analgésicos.
Os pesquisadores estimam que o aparelho deve estar pronto para a
produção em massa nos próximos três anos. "É preciso construir um
aparelho compacto que possa ser usado pelos policiais nas ruas",
explicou Markus Sigrist, cientista responsável pelo projeto, em entrevista ao
site da ETH. "Desenvolvemos o sensor, agora é necessário que um parceiro
industrial fabrique o aparelho", concluiu.
VERSÃO BRASILEIRA
Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto estão em fase final de desenvolvimento de um aparelho que pode detectar moléculas de cocaína e também de maconha no ar. A máquina usa sensores de quartzo para filtrar o ar. E não é necessário que a pessoa sopre no aparelho, pois ele indica a existência de moléculas de drogas no ambiente. Além de ajudar a fiscalizar o trânsito, a invenção poderá ajudar cães farejadores a encontrar entorpecentes em aeroportos, rodoviárias e estradas. O professor de química forense Marcelo Firmino de Oliveira, responsável pelo projeto, já entrou com o pedido de patente da tecnologia. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário