domingo, 19 de junho de 2011

Álcool e remédios : interação perigosa.

Interações perigosas


Saiba quais são as possíveis consequências da mistura de álcool com remédios
Folha de São Paulo - MARIANA VERSOLATO DE SÃO PAULO

Por precaução, a maioria dos médicos recomenda evitar a combinação de bebida e remédios. Mas não são todos os medicamentos que, misturados ao álcool, causam efeitos colaterais.
Segundo Patricia Moriel, professora do curso de farmácia da Unicamp e responsável pelo grupo de farmácia clínica, apenas 17% dos remédios podem causar danos ao ser consumidos com álcool. Desse total, 15% podem causar interações graves, com risco de morte.

O problema, diz a também farmacêutica Amouni Mourad, é que há remédios que interagem com álcool nas principais classes de drogas, e cada organismo reage de forma diferente à mistura.
"Na dúvida, deve-se optar pela segurança de não consumir álcool usando medicamentos", afirma Mourad, que é assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.
Segundo um estudo italiano de 2002, com 22.778 adultos, o uso moderado de álcool está associado ao aumento de 24% no risco de reações adversas a medicamentos.
Os efeitos foram mais frequentes nas mulheres do que nos homens. Os mais comuns foram problemas gastrointestinais, seguidos por complicações hormonais, alergias e arritmias cardíacas.

ANTIBIÓTICOS 
Mesmo assim, os médicos afirmam que o consumo ocasional de bebida e em pequena quantidade (uma lata de cerveja ou uma taça de vinho) traz menos risco de efeitos colaterais com remédios. Incluindo os antibióticos.

"Essa história de que o álcool corta o efeito do antibiótico é lenda. Se você toma o remédio de manhã ou à tarde, não há problema em beber uma dose à noite. O grande risco está no exagero", diz Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

Mas, segundo Arthur Guerra, psiquiatra do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, não é muito lógico usar a energia do corpo debilitado pela infecção ou inflamação para metabolizar a bebida.

A maioria dos antirretrovirais usados para combater o vírus HIV também não interage com álcool.
"É melhor garantir a adesão ao tratamento do que insistir para o paciente não beber", diz Moriel, da Unicamp.

A combinação mais perigosa do álcool é com antidepressivos e calmantes, que agem no cérebro.
No caso de calmantes benzodiazepínicos, o álcool pode causar insuficiência respiratória e aumentar o efeito sedativo e o risco de coma.


LEMBRE-SE:
No caso do tratamento da dependência de drogas o paciente não deve arriscar a mistura com o álcool, pois a maioria destes medicamentos age no cérebro, portanto deve-se optar pela abstinência para prevenir riscos, e lógico que se um paciente é alcoolista, não poderá de modo algum tomar nenhum gole de álcool.

2 comentários:

  1. meu nome e sidnei sou usuario de crak e estou com peneumonia quero me livra do vicio me ajude por favor tenho 33 anos moro no itaim pta zona leste meu imail iendisfiel.com

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    1. Olá Sidnei, vc pode ir ao Caps álcool e drogas do Itaim Paulista. Procure um posto de saúde e solicite encaminhamento para lá. Boa sorte. Abraço

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