Fernanda Aranda, iG São Paulo
Epidemia: No centro de São Paulo, região é chamada de cracolandia e abriga mais mulheres
Isso porque eles, para sustentar o vício do crack, roubam, traficam, brigam. A violência contra o outro pode ser um resgate forçado da dependência, já que a cadeia e a prisão – vez ou outra – convocam a uma tentativa de recuperação. Já elas recorrem à prostituição. “O corpo por uma pedra”, propôs uma que vagava (com talvez 19 anos), de short e camiseta rasgada em uma tarde fria paulistana, ao taxista que percorria a área central da capital chamada de cracolândia. “Se não tem dinheiro então sai andando”.
Se não se prostituem propriamente, se vendem de outras formas. As dependentes topam apanhar cotidianamente de companheiros violentos, desde que as surras rendam pedra, como já contaram tantas meninas e mulheres que passaram pelo “oásis do tratamento químico” existente em São Bernardo do Campo.
O empréstimo do corpo feminino para conseguir droga as torna “merecedoras do castigo, que é a dependência”, avalia o psiquiatra Daniel Cordeiro. “As mulheres chegam à clínica em um ciclo difícil de romper. São culpadas por fumar crack e fumam para aliviar a culpa”, completa.
Este lugar citado é inicio do fim, do que ainda restou de dignidade. Entra ruim, sai pior. Veja o comentário do médico "as torna merecedoras do castigo". Enquanto tivermos estes ilustres doutores, com toda sua excelência, soberba, alpinistas de suas carreiras, nunca teremos uma efetiva política de saúde pública para isso. Se utilizam da droga para bem estar próprio tb. Escrevam seus livros, façam as suas pesquisas, para que pensar em como eliminar todo este material, isto traria benefício a quem? Não a vocês"
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