quarta-feira, 20 de abril de 2011

Discussão: tratamento a usuários de Crack!

Conselho Federal de Medicina discute assistência integral a usuários de crack


O Liberal – Acontece

O uso do crack, e a dependência química que ele provoca, bem como os problemas de ordem social e de saúde e o fato dos profissionais de saúde ainda não saberem lidar com a situação são os temas em discussão, hoje (19), no seminário Crack: Construindo um Consenso, que o Conselho Federal de Medicina (CFM) promove em Brasília. O objetivo é formular as bases de um protocolo de assistência integral ao dependente.

De acordo com o vice-presidente do CFM, Carlos Vital, o objetivo é conscientizar e capacitar médicos para lidar com a dependência química e a tratá-la como uma doença que tem consequências, mentais, físicas e sociais.

Segundo Vital, há uma carência de tratamento na área de dependência química. Além disso, são poucos os centros de Atendimento Psicossocial (Caps), o que dificulta o acesso do dependente químico. “O crack atinge uma dimensão continental, [está nos] os centro urbanos e [no] o interior, enquanto os Caps atendem apenas a algumas localidades”, disse. Para ele, é preciso criar uma rede de atendimento eficaz. “O problema deve ser [focado no] o diagnóstico ainda nas emergências dos hospitais”, explicou.

Segundo o consultor da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, José Manuel Bertolete, é preciso uma reorganização das estruturas de atendimento aos usuários e capacitação dos profissionais de saúde de todas as áreas. “Muitas vezes, o médico identifica o caso, mas não sabe o que fazer, pois faltam leitos psiquiátricos para internação do paciente”, observou.

Outra dificuldade no combate ao crack é a falta de dados oficiais sobre o número de vítimas e o perfil dos usuários. Atualmente, há um levantamento em curso, a pedido do Ministério da Saúde. O governo federal enfrenta o problema em duas frentes, repressão à venda com a fiscalização da fronteira e prevenção e tratamento dos usuários.

Para o coordenador do Departamento de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria, Ronaldo Laranjeira, é preciso que criar um sistema de recuperação que trabalhe de forma integrada desde a prevenção até a recuperação do usuário. “O Estado tem que reconhecer que o consumo de crack é um problema de saúde pública, é preciso oferecer atendimento à família e ao usuário”, disse o especialista.

Da Agência Brasil

3 comentários:

  1. Ro
    Você se lembra que nós já havíamos comentado sobre isso naquela reunião?
    E eles vão conseguir novamente juntar a máfia para sair na frente.
    Só rindo mesmo.
    Felizmente tanto a competência quanto a incompetência saltam aos olhos...rs
    Bjs
    Marcia

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  2. É o que falávamos. Quem tem competência continua se aprimorando e consegue fazer um bom trabalho. Agora nós sabemos que existem "profissionais" que não têm a menor empatia com esse público e que infelizmente só trabalha por status.
    Mas a verdade sempre vem à tona.
    Bj
    Marcia

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  3. Pois é Marcia... estamos sempre a frente, mas infelizmente não temos a força que eles têm. Depois de milhares de anos da existência de drogas, resolveram agora capacitar os profissionais sobre o assunto. Brincadeira! Quem sabe agora eles conseguem atender os pacientes sem pré julgamento, discriminação e preconceito, como maioria faz deixando-os jogados no corredor, esperando atendimento por serem "drogados ou bêbados por vontade própria". Lamentável! Vamos torcer para que os profissionais melhorem suas visões sobre dependência. Abração.

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