CRACK,
É POSSÍVEL VENCER
|
Ministério
da Saúde Da Agência Saúde
SUS terá mais 3,6 mil leitos para atendimento a usuários de crack
Ministério da Saúde também vai financiar, até 2014, a criação de 7.780
vagas em unidades de acolhimento e de 216 novos consultórios na rua.
O Ministério da Saúde está ampliando em mais 3,6 mil leitos a rede de
assistência aos usuários de crack e outras drogas no Sistema Único de Saúde
(SUS). Até 2014, serão criados 2.462 novos leitos; outros 1.138 serão
qualificados para se tornarem enfermarias especializadas em álcool e drogas.
Essas unidades realizam internações de curta duração e oferecem atendimento multiprofissional
aos dependentes químicos.
No âmbito do plano Crack, É Possível Vencer, o Ministério da Saúde
também vai financiar a abertura de mais 7.780 vagas em unidades de
acolhimento, que abrigarão os dependentes químicos por até seis meses para
estabilização clínica e controle da abstinência.
Até 2014, serão investidos pelo Ministério da Saúde R$ 2 bilhões
para implantação e qualificação de novos serviços, que compõem a Rede Conte
Com a Gente. “Temos que oferecer um novo projeto de vida ao dependente químico
porque a relação com a droga tem relação com o lugar onde ele vive, com o
espaço social, a sua condição na família. Isso exige serviços de saúde
diferentes para necessidades diferentes”, afirma o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
Integram a rede de atenção a dependentes químicos os consultórios na
rua, as enfermarias especializadas em álcool e drogas, as unidades de
acolhimento adulto/infantil, os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e
Drogas 24 horas (CAPSad) e as instituições da sociedade civil que fazem
atendimento a dependentes químicos, que serão habilitadas a receberem
recursos do SUS se cumprirem critérios de qualidade do atendimento. A rede
está interligada também aos serviços da atenção básica e ao atendimento de
urgência e emergência.
PLANO - As ações do plano de enfrentamento ao crack estão estruturadas
em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção. Os recursos serão liberados
mediante adesão de estados e municípios. “O enfrentamento ao crack e outras
drogas se dará por meio de um grande esforço para reorganizarmos a rede, que
funcionará integrada, oferecendo acolhimento e qualidade no atendimento”,
afirma Padilha.
REFORÇO - Os 3,6 mil leitos nas enfermarias especializadas em álcool e
drogas serão usados para atendimentos e internações de curta duração durante
crises de abstinência e em casos de intoxicações graves. São serviços que
atenderão com equipe multiprofissional crianças, adolescentes e adultos. Para
estimular a criação destes espaços, o valor da diária de internação crescerá 250%
- de R$ 57 para até R$ 200. Ao todo, serão investidos R$ 670,6 milhões até
2014.
O atendimento será reforçado no SUS com a criação de unidades de
acolhimento, que terão equipe profissional disponível 24 horas para cuidados
contínuos. Essas unidades cuidarão em regime residencial por até seis meses,
e realizam a estabilização do paciente e o controle da abstinência. Para o
público adulto, serão criados 408 estabelecimentos (6.120 novas vagas), com
investimentos de R$ 265,7 milhões até 2014. Já para o acolhimento
infanto-juvenil, serão 166 pontos (1.660 novas vagas), exclusivos para o público
de 10 a 18 anos de idade, com investimento de R$ 128,8 milhões.
OUTROS SERVIÇOS -Além da ampliação de leitos, nos locais em que há
maior incidência de consumo de crack serão criados 308 Consultórios na rua,
que farão atendimento volante. Hoje, há 92 unidades em funcionamento no país.
Esses serviços contam com profissionais que fazem intervenções de saúde para
população em situação de rua (crianças, adolescentes e adultos) em seu
contexto, incluindo locais de uso público de drogas, as chamadas cracolândias.As
equipes são compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A
ação, que terá recursos de R$ 152,4 milhões, atenderá municípios com mais de
100 mil habitantes.
Outra frente do plano é reforçar o atendimento nos Centros de Atenção
Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad), que passarão a funcionar 24 horas
por dia, 7 dias por semana.Os CAPSad oferecem tratamento continuado a pessoas
e seus familiares com problemas relacionados ao uso abusivo e/ou
dependência de álcool, crack e outras drogas.Até 2014, serão 175 unidades em
todo o país. Cada um dos centros terá oito leitos e oferecerá tratamento para
até 400 pessoas por mês. Hoje, a rede de assistência no SUS conta com 1.700
CAPS. Nos últimos nove anos, a média mensal de atendimentos dos CAPS cresceu
dez vezes, passando de 25 mil em 2003 para 250 mil em 2011.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário