Galpão
abrigará usuários de crack
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Jornal Agora São Paulo
A prefeitura vai inaugurar em janeiro um complexo
para acolher usuários de crack a cerca de um quilômetro da cracolândia, no
final da rua Prates, no Bom Retiro (centro de SP). Com 12 mil m², área
equivalente a três campos de futebol, o local será o primeiro a agrupar
unidades de assistência social e de saúde em um só lugar.
Terá
centro de convivência com quadra poliesportiva oficial, biblioteca e outros
jogos, albergue para 120 pessoas, uma AMA (Assistência Médica Ambulatorial) e
Caps-AD (Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas).
Entre
reformas e construções, a Secretaria da Assistência Social diz ter investido
no projeto R$ 5 milhões.
A AMA e
o Caps terão 120 profissionais da saúde e 11 leitos para internação e
observação. Funcionarão 24h.
Segundo
a secretária de Assistência Social, Alda Marco Antônio, o centro de
convivência tem capacidade para 1.200 pessoas.
"Se
todos da cracolândia quiserem vir, esse espaço tem condição."
Etapas
Esse
centro, segundo Alda, tem o objetivo de atrair os usuários, tentar identificá-los
e convencê-los a tomar banho e a permitir acompanhamento psicossocial.
A
segunda etapa é convencer os viciados a dormir no albergue e, depois disso,
entrar em contato com a família e tentar uma reaproximação.
Se a
pessoa for de outra cidade, o governo do Estado vai ajudar a fazer o contato.
Agentes
nas ruas vão tentar levar usuários ao local. "A decisão de entrar e sair
é do usuário", diz Alda. Mas médicos do Caps têm a liberdade de decidir
se o caso é de internação involuntária --quando a pessoa é uma ameaça à
própria vida ou aos outros. Basta que emitam laudo e comuniquem o Ministério
Público.
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