Mais
225 leitos para usuários de crack
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Correio
do Povo
Vagas serão criadas pelo Ministério da Saúde em Porto Alegre até 2014
Porto Alegre terá até 2014 mais 225 leitos exclusivos para o
enfrentamento da epidemia do crack. Eles serão criados por meio de portaria
do Ministério da Saúde (MS), que será publicada nos próximos dias. Do total
de leitos, 30 serão instalados em Centros de Atenção Psicossocial (Caps), 70
em enfermarias especializadas e 125 em unidades de acolhimento. Além disso,
para a expansão da rede de enfrentamento do MS no RS até 2014 está estimado
investimento de R$ 116,8 milhões.
Segundo o coordenador de Saúde Mental do MS, Roberto Tykanori, uma das
maneiras de se enfrentar a epidemia é formando uma rede com condições de
atender o paciente e dar o suporte necessário para o seu tratamento. Entre as
ações imediatas no RS, que têm Porto Alegre como a cidade-polo, está o
reforço e a ampliação da rede atual. Para isso, haverá o aumento imediato de
custeio para 50 leitos, construção de quatro Caps que funcionem 24 horas,
sendo, um somente para atendimentos relacionados ao consumo de álcool e
drogas, uma para acolhimento adulto e um consultório de rua.
Segundo ele, o consultório de rua é uma das inovações do projeto, já
que permite o atendimento no local onde o paciente está, como os espaços de
uso público de drogas, denominadas cracolândia. Para isso, o serviço contará
com equipes volantes. Para as ações imediatas, os investimentos previstos
estão na ordem de R$ 1,3 milhão.
Para Tykanori, os Caps são importantes para o enfrentamento do crack.
"Esses centros contam com equipes multidisciplinares que proporcionam
atendimento mais completo e específico, levando em considerações o grau de
dependência e seu estágio."
Os Caps disponibilizam leitos diurnos e noturnos, permitindo assim o
acompanhamento clínico do paciente. A forma de atendimento também é
diferenciada, levando em consideração o perfil do público, como adulto,
crianças e usuários de álcool e drogas; o contingente populacional, que pode
ser pequeno, médio ou de grande porte; e, por fim, o período de
funcionamento, diurno ou 24 horas.
Dentro da lógica de atendimento e suporte, quando o paciente não
necessita mais de internação, é encaminhado para as unidades de acolhimento.
O serviço conta com equipe disponível 24 horas por dia para cuidados
contínuos. Por um período de até seis meses, as unidades vão cuidar dos
pacientes em regime residencial, mantendo a estabilização do paciente e o
controle da abstinência.
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