domingo, 31 de julho de 2011

Sindrome de Abstinência do álcool pode ser muito perigosa

Amy Winehouse teria morrido por abstinência de álcool


Tablóide britânico The Sun publicou nesta quinta-feira uma entrevista com a família da artista. Segundo a publicação, "ter parado completamente de beber durante três semanas teria sido um choque letal para seu corpo minúsculo"


 
GAZETA DO POVO


Família de Amy Winehouse diz que ela morreu por abstinência de álcool
A família de Amy Winehouse disse que a cantora morreu por abstinência de álcool, informou o tablóide britânico The Sun, nesta quinta-feira (28). De acordo com o jornal, "ter parado completamente de beber durante três semanas teria sido um choque letal para seu corpo minúsculo".
Familiares afirmaram que a artista ignorou o conselho de seu médico para reduzir o consumo excessivo de álcool de forma gradual, o que gerou uma crise de abstinência. Mesmo com os depoimentos publicados pelo jornal, três dias antes de morrer, Amy Winehouse foi vista bebendo gim e energético em sua última aparição pública.
Amy Winehouse morreu em sua casa em Londres no último sábado, aos 27 anos. Um inquérito para apurar as causas da morte foi aberto na segunda-feira e adiado até outubro. A polícia descreveu a morte como sendo inexplicada, e uma autópsia não teria determinado a causa. Estão sendo realizados mais exames médicos, cujos resultados são aguardados para agosto.
Alcoolismo



Consenso sobre a Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA) e o seu tratamento


Ronaldo Laranjeira (SP), Sérgio Nicastri (SP), Claudio Jerônimo (SP), Ana C Marques (SP) e equipe
Departamento de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria


Partes do texto, para entender a síndrome de abstinência do álcool:


(...)Pessoas que bebem de forma excessiva, quando diminuem o consumo ou se abstêm completamente, podem apresentar um conjunto de sintomas e sinais, denominados Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA). Alguns sintomas, como tremores, são típicos da SAA. Entretanto, muitos outros sintomas e sinais físicos e psicológicos considerados como parte da SAA são insidiosos, pouco específicos, o que torna o seu reconhecimento e a sua avaliação processos complexos, muito mais do que possa ser pensado num primeiro momento.
Uma série de fatores influenciam o aparecimento e a evolução dessa síndrome, entre eles: a vulnerabilidade genética, o gênero, o padrão de consumo de álcool, as características individuais biológicas e psicológicas e os fatores socioculturais. Os sintomas e sinais variam também quanto à intensidade e à gravidade, podendo aparecer após uma redução parcial ou total da dose usualmente utilizada, voluntária ou não, como, por exemplo, em indivíduos que são hospitalizados para tratamento clínico ou cirúrgico. Os sinais e sintomas mais comuns da SAA são: agitação, ansiedade, alterações de humor (irritabilidade, disforia), tremores, náuseas, vômitos, taquicardia, hipertensão arterial, entre outros. Ocorrem complicações como: alucinações, o Delirium Tremens (DT) e convulsões. (...)


Diagnóstico
A redução ou a interrupção do uso do álcool em pacientes dependentes produz um conjunto bem definido de sintomas chamado de síndrome de abstinência. Embora alguns pacientes possam experimentar sintomas leves, existem aqueles que podem desenvolver sintomas e complicações mais graves, levando-os até a morte.
O quadro se inicia após 6 horas da diminuição ou da interrupção do uso do álcool, quando aparecem os primeiros sintomas e sinais. São eles: tremores, ansiedade, insônia, náuseas e inquietação. Sintomas mais severos ocorrem em aproximadamente 10% dos pacientes e incluem febre baixa, taquipnéia, tremores e sudorese profusa. Em cerca de 5% dos pacientes não tratados, as convulsões podem se desenvolver. Outra complicação grave é o delirium tremens (DT), caracterizado por alucinações, alteração do nível da consciência e desorientação. A mortalidade nos pacientes que apresentam DT é de 5 a 25%.13  (...)
http://www.scielo.brRevista Brasileira de Psiquiatria

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