segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Web ajuda pacientes que tem vergonha de falar em grupo


Web ajuda paciente que tem vergonha de falar em grupo

O psiquiatra Marcelo Niel, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo, diz que os blogs podem ajudar dependentes químicos que não conseguem dividir experiências em público.
"Muitos têm fobia social. Pode ser muito difícil para um paciente ansioso falar em grupo. Esse é o maior fator de não adesão a tratamentos", diz o médico.
No caso dos familiares, afirma Niel, publicar relatos em blogs pode ajudá-los a descobrir que não são os únicos passando por esse tipo de problema. "Há uma carga muito grande sobre a família, que sente vergonha. É importante que eles saibam que outras pessoas passam por problema parecido", afirma.

TRECHOS
"Há 69 dias, minha sogra faleceu. Pedi dinheiro emprestado para minha mãe para ajudar no sepultamento. O dinheiro virou droga que usei antes do enterro. Para disfarçar, tomei seis comprimidos de Diazepam que me deixaram grogue."
"Minha doença age de forma traiçoeira, comendo pelas beiradas, aproveitando qualquer falha na minha armadura e esta semana não foi diferente." waladicto.blogspot.com.br
"Ontem, ele saiu para trabalhar e até agora nada, não voltou... E o pior de tudo é que eu mais uma vez emprestei meu carro para ele, o que será que tenho na cabeça?
As vezes, não consigo entender como a codependência nos engana tanto, nos fazendo acreditar nas palavras do adicto. Em duas semanas, ele teve 3 recaídas. Estamos passando por momentos difíceis em casa, pois ele praticamente parou de trabalhar... Estou cansada de carregar tudo nas costas. Sem perceber, fui facilitando o vício dele nas drogas, pois aqui em casa eu pago aluguel, água, luz e telefone... Deixei para meu esposo apenas as despesas com a compra e infelizmente nem isso ele está fazendo..." lucianalpsm.blogspot.com.br
"Tudo começou na parte da manhã, quando uma nota de R$ 50 que minha mãe havia deixado por descuido na mesa da sala sumiu.
Naquela época, ele já estava morando na minha casa, mas ainda pouco sabíamos a respeito da dependência dele, pouco sabíamos sobre o crack. Logo que minha mãe deu falta, eu ‘saquei’ o que estava acontecendo, eu tive a certeza dentro de mim de que havia sido ele, o rapaz por quem eu havia me apaixonado, o rapaz a quem eu sempre chamava de anjo, e eu travei uma batalha interna dentro de mim para aceitar que aquele anjo fosse capaz de fazer algo do tipo.
E então o jogo começou! O jogo de manipulações, de chantagem emocional, de apelos e tudo mais o que vocês possam imaginar, mas quem estava jogando esse jogo era eu, não ele."livrovaleuapena.blogspot.com.br
"Ainda bem que tenho um ‘piloto automático’ que logo me diz que estou no caminho errado.
Ainda bem que, mesmo recaído espiritualmente, emocionalmente e psicologicamente, e com todas as insanidades, eu não consumei a recaída no sentido de voltar ao uso de drogas. Mas eu preciso admitir que a minha vida está sem controle em alguns (ou vários) aspectos; tenho de admitir que preciso de ajuda.
Ontem, encontrei um brother das antigas, que estava em reclusão por tráfico e saiu há dois meses. Ele estava com o uniforme da empresa onde está trabalhando e isso me alegrou muito. Disse estar sendo crente e que está dormindo no albergue. Disse que não tem mais nem vontade de usar, que já recebeu várias propostas para comercializar novamente, mas não pretende mais voltar ao crime." limposporhoje.blogspot.com.br

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