Rosto vermelho ao
beber pode significar risco de câncer
Redação Época - 25/03/2009
Estudo mostra que quem
fica corado ao ingerir bebidas alcoólicas tem mais chance de desenvolver câncer
de exôfago. A vermelhidão é causada pela deficiência de uma enzima que
metaboliza o álcool
Algumas pessoas ficam
com o rosto vermelho quando ingerem bebidas alcoólicas e acham isso normal. Mas
um estudo, publicado nesta semana na revista Plos Medicine, diz que isso pode
ser sinal de um maior risco de desenvolvimento de câncer de garganta.
A vermelhidão, que
muitas vezes é acompanhada de náusea e batimentos cardíacos acelerados, é
causada pela deficiência numa enzima chamada ALDH2. Cerca de um terço da
população da Ásia tem deficiência dessa enzima – daí a tendência de esses povos
ficarem corados depois de beber. Para essas pessoas, menos de meia garrafa de
cerveja já é suficiente para desencadear reações nessa enzima. O processo
dificulta o metabolismo do álcool e causa o acúmulo de uma toxina que deixa a
pele avermelhada.
“Estamos tentando chamar a atenção de médicos e pacientes com deficiência na enzima ALDH2. É um risco sério”, disse o médico Philip J. Brooks, autor do estudo e pesquisador do Instituto Nacional de Alcoolismo e Abuso do Álcool.
A ingestão de bebidas alcoólicas
aumenta o risco de câncer de esôfago, cuja chance de cura é baixa. Uma pessoa
com deficiência na enzima e que bebe duas cervejas por dia tem um risco 6 a 10
vezes maior de desenvolver um câncer de esôfago do que uma pessoa sem a deficiência.
“Estamos tentando chamar a atenção de médicos e pacientes com deficiência na enzima ALDH2. É um risco sério”, disse o médico Philip J. Brooks, autor do estudo e pesquisador do Instituto Nacional de Alcoolismo e Abuso do Álcool.
Brooks diz que há duas questões que dão a médicos um caminho mais fácil para saber se um paciente tem ou não deficiência da enzima. Uma é saber se a pessoa fica vermelha depois de um copo de cerveja e a outra é saber se ela, um ano após começar a ingerir bebidas alcoólicas, continua ficando vermelha.
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