Transplante de neurônios
pode ser caminho para tratamento contra Parkinson
Por iG São Paulo | 05/06/2014 15:46
Após 14 anos, neurônios originários de célula tronco
transplantados em pacientes com Parkinson seguem saudáveis
Neurônios de células fetais
transplantados em pacientes com doença de Parkinson permaneceram saudáveis e
ativos após 14 anos. A notícia, anunciadas por pesquisadores da Universidade de
Harvard, traz esperança para o desenvolvimento de cura ou formas de amenizar os
sintomas da doença.
Os tremores e outras dificuldades
motoras que caracterizam a doença de Parkinson são resultado da perda de
produção de dopamina nos neurônios de uma região do tronco cerebral. O
experimento mostrou que neurônios transplantados podem substituir neurônios que
apresentam problemas.
Getty Images
Neurônios transplantados não se degeneraram e permaneceram saudáveis por anos
"Os resultados mostraram que os neurônios
transplantados fizeram um transporte robusto de dopamina e não apresentaram
nenhuma anormalidade 14 anos depois de transplantados”, disse Ole Isacson, um
dos autores do estudo. "Nossos dados, portanto, sugerem que os neurônios
transplantado podem permanecer saudáveis e funcional por décadas",
completa.
No novo estudo, a equipe de pesquisadores examinou os neurônios de
dopamina em cinco pacientes que haviam recebido transplante de células fetais
entre quatro e 14 anos antes. O exame mostrou uma expressão normal dos
transportadores de dopamina, que também se mantiveram saudáveis e funcionais ao
longo do tempo, sem sinais da característica de degeneração da doença de
Parkinson.
O pesquisador afirma que com o estudo ficou claro que os transplantes de
células fetais realizados em ensaios clínicos têm sido benéficos para pacientes
com doença de Parkinson. “Alguns pacientes têm continuado a avançar
clinicamente por décadas sem qualquer medicação para a doença”, disse.
O próximo passo é
avançar nos estudos sobre fontes alternativas de neurônios dopaminérgicos,
principalmente os originários de células tronco pluripotentes dos próprios
pacientes. "Nossos resultados são muito oportunos e encorajadores para o
campo da medicina regenerativa. É um avanço para o uso do transplante de
células tronco derivadas de neurônios transportadores de dopamina como uma
terapia de restauração para a doença de Parkinson," disse Isacson.
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