Empresa holandesa inventa cigarro eletrônico de maconha
Produto, que não contém tabaco, nicotina
ou THC – o princípio ativo da folha –, é 100% legal
| Da redação | 25/06/2014 03:00:00
A empresa holandesa E-Njoint BV anunciou recentemente que desenvolveu o
“primeiro baseado eletrônico do mundo”. O E-Njoint, que tem o design típico dos
cigarros de maconha, em formato de cone, pode ser descartável ou recarregável e
não contém THC (o princípio ativo da maconha), tabaco ou nicotina, ou seja: o
produto é 100% legal. Ele é formulado apenas com base em componentes naturais e
vapor de água, segundo o site da companhia.
O dispositivo vem em
versões descartável e recarregável, e o usuário pode enchê-lo com conteúdo de
cannabis líquida ou ervas secas. Ainda são oferecidas cargas com seis sabores
diferentes de frutas. Para deixar o “baseado eletrônico” ainda mais atrativo, uma
luz verde localizada na ponta do cigarro, onde há o desenho de uma folha de
maconha, acende toda vez que o usuário traga. “A Holanda já é conhecida no
mundo por sua atitude tolerante e liberal com relação às drogas leves, sendo
que a introdução desse novo produto defende claramente essa posição”, disse o
CEO da E-Njoint, Menno Contant, de acordo com o veículo britânico “The Mirror”.
“Desde que você não perturbe ou prejudique outras pessoas e se mantenha dentro
dos limites legais, tudo ficará bem”, destacou Contant.
Milhares. Todos os dias são produzidas dez mil unidades do cigarro eletrônico de
cannabis, por uma fabricante chinesa, e comercializadas, por enquanto, somente
na Europa. No momento, há somente um modelo do cigarro disponível para
encomenda – o descartável – a € 8,95 (cerca de R$ 27). Os modelos
recarregáveis, vaporizadores e customizados estão esgotados por enquanto.
Similar. Apesar do E-Njoint
ser anunciado como o “primeiro baseado eletrônico do mundo”, a empresa Open
Vape também produz e vende um cigarro parecido nos Estados Unidos. Entretanto,
a versão norte-americana do cigarro sabor maconha traz um refil que contém óleo
extraído da folha e de outras partes da cannabis, como caule e flores, que são
geralmente descartadas no processo de produção da maconha para a venda. Segundo
o site Info Online, a versão norte-americana usa como refil o óleo da folha e
de partes da cannabis descartadas no processo de preparação da maconha. Um
pacote com cinco frascos de óleo custa US$ 6,99 (cerca de R$ 15). A empresa
vende até carregadores USB para o cigarro.
Proibido Brasil. A venda de cigarros
eletrônicos é proibida pela Anvisa. Apesar disso, os dispositivos viraram febre
na internet. São vários os sites que oferecem o produto e seus acessórios.
Danos ainda são desconhecidos
De acordo com o site Info Online, o cigarro eletrônico vendido nos EUA
pela Open Vape gera vapor de substâncias psicoativas e pode ser usado para fins
medicinais. O vaporizador aquece o material de tal forma que libera um vapor
aromático. Nesse processo, a substância não é queimada. Assim, cigarros
eletrônicos em geral não liberam fumaça, apenas vapor. Também não liberam
substâncias tóxicas como alcatrão, benzeno, tolueno, naftaleno, entre outros.
Por isso, o dispositivo tem sido muito usado como uma forma relativamente
eficaz de parar de fumar. O site destaca que, por enquanto, não há informações
sobre os efeitos nocivos do cigarro eletrônico. O portal afirma que, segundo
autoridades sanitárias, ainda é prematuro avaliar os impactos de um fenômeno
recente como o do cigarro eletrônico.
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