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Estudo fornece evidências sobre micro-isquemia cerebral induzida pela droga que pode desencadear acidente vascular cerebral
Estudo fornece evidências sobre micro-isquemia cerebral induzida pela droga que pode desencadear acidente vascular cerebral
Pesquisadores da Stony Brook University, nos
EUA, desenvolveram uma técnica de tomografia 3D de alta resolução que torna
visível os efeitos da cocaína sobre a restrição do fornecimento de sangue nos
vasos, incluindo pequenos capilares, no cérebro.
O estudo fornece novas evidências sobre a
micro-isquemia cerebral induzida pelo uso da droga que pode causar acidente
vascular cerebral (AVC).
O AVC é um dos riscos médicos mais graves do
abuso de cocaína. O fluxo sanguíneo cerebral é interrompido devido aos efeitos
vasoativos da droga, e a pesquisa mostrou que o processo contribui para
derrames em dependentes de cocaína.
Um tratamento eficaz ainda não foi descoberto
em função do pouco conhecimento sobre os mecanismos subjacentes que causam
alterações vasculares cerebrais resultantes do abuso de cocaína. Métodos de
neuroimagem atuais que podem revelar pistas sobre os mecanismos subjacentes que
causam restrição do fluxo sanguíneo cerebral, como ressonância magnética e
tomografia computadorizada, são de alcance limitado.
A nova técnica de neuroimagem oferece um método
promissor para investigar mudanças estruturais nas pequenas redes
neurovasculares do cérebro que podem estar implicadas no derrame.
No trabalho, os pesquisadores descobriram que a
cocaína administrada em doses equivalentes às normalmente tomadas por viciados
causa constrição nos vasos sanguíneos que inibem o fluxo de sangue no cérebro
por diferentes períodos de tempo.
As artérias, veias e capilares do cérebro, e
até mesmo os vasos menores, foram afetados pelas doses. O fluxo sanguíneo
cerebral foi significativamente reduzido dentro de apenas dois a três minutos
após a administração da droga. Em alguns vasos, a diminuição no fluxo chegou a
70%. O tempo de recuperação para os vasos sanguíneos variou.
Os resultados mostraram ainda que a cocaína
interrompeu o fluxo sanguíneo cerebral em alguns ratos por mais de 45 minutos.
Este efeito tornou-se mais pronunciado após administração repetida de cocaína.
"Nosso estudo revelou evidências de
micro-isquemias cerebrais induzidas pela cocaína em vários modelos
experimentais, e fomos capazes de claramente visualizar o processo e os efeitos
vasoativos a nível microvascular. Essas alterações clínicas comprometem a
oferta de oxigênio para o tecido cerebral tornando-o vulnerável à isquemia e
morte neuronal", conclui o investigador principal Yingtian Pan.
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