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veto do governo, tabaco aromatizado usado em narguilé está com os dias
contados
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Folha.com - SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO O hábito de fumar narguilés (ou arguile), cigarros e cigarrilhas com sabor está com os dias contados desde março, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu proibir a comercialização de fumo com aditivos no Brasil. Para o tabaco usado em narguilés e cachimbos, a decisão valerá a partir de março de 2014. Mas o que fazer diante da nova regra já é assunto entre os consumidores desses produtos. "Até existe fumo sem sabor para narguilé", diz Raphael Barreiros, 23, programador de software. Ele é autor do Blog do Arguile (blogdoarguile.com.br), que tem cerca de 2.000 participantes. "Mas a graça está nos aditivos." A Folha acompanhou um encontro de apreciadores de narguilé em São Paulo, organizado por Barreiros. A proibição publicada pela Anvisa era tema das conversas. A fumaça tragada pelo grupo -cerca de 40 pessoas- tinha sabor de chá de pêssego, jaca, chocolate e chiclete de menta. Parecia um ritual de churrasco: de quando em quando, alguém mexia e virava o carvão aquecido. "Isso é um costume milenar. O governo não pode simplesmente proibir", diz.
"A regra da Anvisa é contraditória porque a lei já proíbe cigarro para menores de 18", diz o estudante Leonardo Magalhães, 19, que estava no encontro de Barreiros. De acordo com a agência, estudos mostram que há ainda mais agentes carcinogênicos na fumaça do narguilé do que na do cigarro. A quantidade de nicotina é cerca de quatro vezes maior na fumaça do narguilé. A concentração de alcatrão chega a ser 60 vezes mais alta. A diferença está no hábito do consumo. Segundo Barreiros, os apreciadores de narguilé fumam em média uma vez por semana e em grupo, compartilhando a fumaça aspirada (na Arábia Saudita, o fumo deve ser individual). "Não é oxigênio que o fumante inala, é fumaça. É óbvio que não faz bem", diz Ali Hajj, importador de narguilé, de São Paulo. "Mas existe uma discussão sobre como é feito o teste [das substâncias cancerígenas] por litro de fumaça", afirma. Hajj importa 20 mil aparelhos por ano de países como China, Líbano e Egito. Os preços vão de R$ 25 a R$ 3.500. Já o fumo, que costuma ser comprado na internet diretamente pelos consumidores, vem da Índia, dos Emirados Árabes, do Egito e dos EUA. "Quem compra são adultos. Só 5% deles têm ascendência árabe", diz o comerciante, de família libanesa. De acordo com o charuteiro e empresário Beto Ranieri, da Ranieri Pipes, a determinação da Anvisa não faz sentido quando o assunto é cigarrilha ou fumo para cachimbo. Isso porque quem consome esse tipo de produto não é jovem. "Meu cliente mais novo de tabaco de cachimbo [que tem sabor] deve ter 75 anos de idade. Um público dessa idade não vira fumante porque se sentiu atraído pelo gostinho de chocolate do tabaco." |
Eu sou da opinião que o Narguillé deveria ser vetado aqui no Brasil, porque todo mundo distorce o uso.
ResponderExcluirNo lugar da água é vodka.
No lugar da fumo com sabor é maconha.
Então, eu sou a favor de proibir, porque infelizmente o brasileiro não sabe "brincar", mesmo não sendo algo bom..
Olá Mari, não vamos esquecer que "tudo que é proibido é mais gostoso." Entendo a sua preocupação, mas ao meu ver o que falta é orientação, pois a maioria que usa narguilé não tem conhecimento dos males que os fumos causam, eles acham que é diferente do cigarro, que é natural acrescentado de sabores e aromas, quando alguém fala alguma coisa contrária riem da sua cara e acham que é puro preconceito dos mais velhos. A mídia tem que divulgar, pois o consumo do cigarro diminuiu mas do narguilé aumentou entre os jovens. Volte sempre. Abraço
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