Internação compulsória deve ser uma exceção, defendem especialistas. |
Metronews – Chico Junior Luciano Amarante Debate reuniu cerca de 200 pessoas no auditório Prestes Maia, da Câmara Municipal Para especialistas, internação compulsória deve ser exceção Osvaldo Praddo / Agência O Dia / 28.06.2011 Promovido ontem pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais da Câmara Municipal, o debate sobre internação compulsória de dependentes químicos teve a presença de especialistas e autoridades da área de saúde pública e reuniu mais de 200 pessoas. “Tem de contribuir para resolver o problema. Não é recolher e colocar em um depósito de gente”, disse o vereador Jamil Murad (PCdoB), que preside a comissão. Murad contesta a maneira adotada pela Prefeitura do Rio e salienta que um projeto para São Paulo precisa ser discutido. “Alguém pode não gostar de um vizinho e acionar a polícia”, diz Segundo informações dos palestrantes, a Capital possui apenas 317 leitos, dos quais 80 municipais. “Dizem que só no centro tem 80 mil pacientes. O número de leitos é altamente insuficiente”, disse Murad, que é médico. “Trabalho há 24 anos com dependente químico, e quando é adotada essa prática [de internação compulsória], 98% tem recaída”, diz o diretor do Programa de Orientação e Assistência a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dartiu Xavier. Para os especialistas, a internação compulsória deve ser exceção e última medida adotada. “Não se pode fazer bem desrespeitando a vontade de outra pessoa”, diz o juiz Luís Fernando Vidal, membro do Conselho da Associação Juízes para a Democracia. “A cada dez pessoas, uma se torna dependente química”, afirmou a educadora Juliana Graciani, ressaltando impacto devastador entre usuários de drogas. SP carece de projeto e higieniza Centro “Até onde pude perceber não temos uma proposta detalhada em São Paulo”, disse o juiz Luís Vidal ao comentar a carência de projetos do Executivo. Jamil Murad critica a possível higienização na Nova Luz. “São brasileiros e são pessoas que merecem respeito. O poder público não pode punir a vítima.” Para Dartiu Xavier, o uso de entorpecentes está ligado a questões maiores. O diretor do Proad reproduz diálogo com uma adolescente que disse recorrer às drogas para suportar atos sexuais. “Para me manter, preciso me prostituir e só me drogando para aguentar ter relação com um adulto”, relata. Os palestrantes mencionaram ausência de proposta da Prefeitura para a região central. “Nós não temos nada de concreto em nossas mãos”, afirmou o promotor de Justiça de Direitos Humanos do Ministério Público de São Paulo, Eduardo Ferreira Valerio. “O tratamento voluntário surte melhor efeito”, disse a coordenadora da área técnica de saúde mental álcool e drogas da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Rosângela Elias. |
Não sei, penso que a prefeitura poderia abrir um pré ambulatório na cracolandia, as pessoas que aceitassem ajuda, se dirigiriam a esse pre ambulatório, seriam medicadas, e ao final do dia, ou uma vez por dia, um transporte passaria no ambulatorio e "pegaria" quem estivesse lá aguardando e levaria para internação, de preferência longe do centro de sp.
ResponderExcluirEsse ambulatório serviria para que a documentação do Dep quimico fosse "acertada" e exames iniciais fossem realizados.
talvez... resolvesse
Oi Cicie, la no centro tem o CAPSad Sé, o CRATOD (próximo a estação da Luz) e ainda tem uma ONG chamada "É de Lei" que faz trabalhos de prevenção de doenças direto nas ruas da Cracolândia, distribuindo cachimbos, agulhas e seringas para os usuários e em todos os contatos são oferecidos tratamento a eles, mas poucos aceitam. Mas todas as idéias são válidas, tá ai a sua dica que pode dar certo. Abraço
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