Estudo
identifica redes de genes ligadas à esquizofrenia
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Esquizofrenia: estudo identifica genes
Maconha vendida em SP vem com fungos e formigas
Paraguaia,
maconha vendida em SP vem com fungos e formigas
Folha de S. Paulo - DE SÃO PAULO
A maconha vendida em São Paulo é quase toda produzida no Paraguai. A droga aparece misturada a folhas, caules e outras plantas. "E também restos de insetos ou formigas, como em qualquer colheita rudimentar feita de forma clandestina", explica o perito José Luiz da Costa, do Instituto de Criminalística.
A maconha vendida em São Paulo é quase toda produzida no Paraguai. A droga aparece misturada a folhas, caules e outras plantas. "E também restos de insetos ou formigas, como em qualquer colheita rudimentar feita de forma clandestina", explica o perito José Luiz da Costa, do Instituto de Criminalística.
Em geral, a maconha paraguaia chega a São Paulo prensada e embalada em filme plástico ou alumínio, e adesivada. As condições de transporte são precárias, normalmente em caminhões, escondida entre outros produtos.
Por uma questão econômica, ela não chega ao mercado totalmente seca. É que o tempo de secagem da colheita é relativamente longo (cerca de uma a duas semanas) e as folhas úmidas pesam mais, o que significa um ganho extra para o produtor.
Uma monografia coordenada por Costa em 2011 apontou a presença de três
tipos de fungos em maconha apreendida, alguns deles comumente encontrados em
alimentos em estado de deterioração. Para Dartiu Xavier, da Unifesp, de forma
geral, não há nada objetivo quanto ao risco para seres humanos. Os fungos podem
causar alergia e intoxicação para pessoas hipersensíveis, como também doenças
em indivíduos imunodeprimidos.
As condições de embalagem e transporte da maconha prensada também podem
favorecer a liberação de amônia, de acordo com Elisaldo Carlini, também da
Unifesp.
"Com o tempo, a
maconha envelhece e se degrada. Pior ainda se estiver umedecida. Amônia na
maconha é sinal de má conservação", diz.Brasil, maior país consumidor de cocaína. Será mesmo?
Plano nacional de enfrentamento às drogas feito “às
pressas”
Última Instância - Luiz Flávio Gomes e Mariana Cury Bunduky
De acordo com o “Relatório sobre segurança cidadã nas Américas em 2012”,
lançado em julho de 2012 pela OEA (Organização dos Estados Americanos), com um
total de 900 mil usuários, o Brasil representa o maior mercado consumidor de
cocaína da América do Sul.
Já segundo o 2º LENAD (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas),
realizado pelo INPAD (Instituto Nacional de Políticas Públicas de Álcool e
Outras Drogas) da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), 3% da população
adulta brasileira (mais de 3 milhões de pessoas) usam maconha frequentemente.
Em razão da repercussão do tema das “drogas”, o governo federal, por meio
do decreto n.º 7637/11, instituiu o “Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack
e outras drogas”, cujo objetivo é a integração com os estados e municípios,
visando-se investir em políticas públicas e em setores como educação, saúde,
segurança pública e assistência social para a devida resolução do problema.
Contudo, para atender rapidamente o clamor social, o Plano começou a ser
executado às pressas, sem a devida cautela e seriedade na captação de dados
referente ao uso e ao tráfico de drogas, que são essenciais no direcionamento
dessas políticas e no repasse de verbas federais.
Nesse sentido, conforme veiculou uma notícia do jornal O Estado de São
Paulo, o Plano Integrado se baseou em dados de apenas 4 estados (que se referem
somente à quantidade de pontos de vendas e de usuários de crack), de maneira
que os comandantes das polícias militares dos 23 demais estados, nos quais se
incluem São Paulo, Rio de Janeiro, Minas, Paraná e Mato Grosso, não forneceram
tais estatísticas.
Assim sendo, o relatório do Ministério da Justiça concluiu que há uma
ausência de mapeamento de dados dos estados sobre a quantidade real de usuários
de crack, havendo apenas dados de quantidades de drogas apreendidas, de prisões
efetuadas e dados estimados de usuários, até porque usuários e traficantes, na
prática, não são diferenciados pela polícia.
Na opinião do professor de psiquiatria da IUnifesp (Universidade Federal
de São Paulo), Dartiu Xavier, o retrato do crack no país só poderia ser traçado
por uma pesquisa séria e especializada, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz,
que, inclusive, estava em andamento, mas foi atropelada por ações policiais que
dissolveram as comunidades nos estados.
Assim, embora digna
de aplausos a iniciativa do governo federal em direcionar esforços a um tema
tão crucial e relevante feito as drogas, não é suficiente. Se o escopo é
verdadeiramente enfrentar tal polêmica, é imprescindível que o Plano seja
elaborado com cautela, não “às pressas”, sem qualquer sintonia do governo com
os estados. De medidas imediatistas e populistas o Brasil já está abarrotado;
roga-se, agora, por ações bem elaboradas efetivas e concretas para que se
inicie um trabalho grandioso e próspero.
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