domingo, 27 de março de 2011

MACONHA

Maconha




A maconha é uma erva usada como substância psicoativa perturbadora do SNC,geralmente de forma fumada.
O seu princípio ativo é o THC, tetrahidrocanabinol. O teor de THC depende da variedade da planta, forma de cultivo e preparação do produto, variando desde 0,5 a 2,0% até 60%, como é o caso do haxixe, preparado da resina de folhas e flores dessa erva. A produção ilícita da maconha (ou marijuana) tem se preocupado em apresentar variedades com maior concentração de substância ativa como o "skunk", que conta com até 22% de THC.
O início da ação e a duração dos seus efeitos dependem da concentração do seu princípio ativo e da forma de administração da droga (quando fumada o efeito é mais rápido mas menos duradouro do que na forma ingerida), sendo que esses efeitos podem ser muito relacionados com a disposição prévia do humor do usuário e do ambiente de uso.


Os efeitos de um "baseado" (cigarro de maconha) constituem-se de uma alteração da consciência, diminuição da atenção, estado sonhador com ideação livre e desconexa. Lentificação e dificuldades da coordenação motora, voz pastosa, sendo importante o 
sentido de lentificação do tempo e distorção do espaço, tornando a direção de veículos perigosa até 10 horas após o uso. Pode aparecer uma sensação de grande bem-estar, euforia e riso, acentuação na percepção de cores, mas também pode surgir depressão do estado de ânimo ("baixo", na gíria), despersonalização e desrealização. 
Um cigarro com teor maior de THC pode levar a alucinações visuais coloridas. Pode aparecer medo e pânico, distorção da imagem corporal e sensação de peso nas extremidades.
Os canabinóides possuem receptores próprios (CB1) distribuídos pelo córtex cerebral (notadamente pré-frontal) e cerebelo, bem como no sistema límbico, sobretudo no hipocampo e nucleus accumbenspor onde liberam dopamina.
O seu uso habitual pode gerar afrouxamento das associações com fragmentação do pensamento e comprometimento da capacidade mental, alterações do pensamento abstrato, confusão, alterações da memória de fixação, isto é, na transferência de material da memória imediata para a memória de longo prazo. Prejuizo nas habilidades de falar corretamente, formar conceitos, concentração, atenção, lentificação e dificuldades da coordenação motora, ansiedade e depressão, oferecendo possibilidades para alterações da personalidade tais como passividade, ausência de objetivos, apatia, isolamento e falta de ambição e abrindo guardas para o uso de outras drogas.
A longa vida do THC no corpo humano (ocasionada por sua afinidade às gorduras onde se fixam) faz com que os usuários possam, de fato, permanecer cronicamente intoxicados e exibir prejuizos comportamentais e motivacionais, mesmo fora do período do uso ativo. 

Trabalhos recentes correlacionam com evidência a precipitação de surtos esquizofrênicos (psicose canábica) em jovens predispostos.
Os usuários de maconha não costumam se aperceber que grande parte dos seus problemas foi gerada pela droga, e ainda mais, do quanto ela agravou os problemas já tidos.
Em virtude de comprometer fundamentalmente a memória e a atenção, acaba por comprometer a atividade intelectual, o aprendizado e as habilidades sociais.
A maconha leva à dependência, com os seus componentes – tolerância e sofrimentos de abstinência. Esta se apresenta com pouca intensidade, pela propriedade do THC de ligar-se bem às gorduras onde podem estocar-se por maior tempo como dissemos acima, mas mesmo assim ocorrem problemas com o sono, irritabilidade e agressividade. Há que diga, com certo alívio, que a maconha "só" causa dependência psíquica. Isso não faz sentido, pois o que importa é que ela dá ao usuário a mesma impulsividade para obtenção e uso como quaisquer das outras drogas que chamam de "pesadas". 

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