quarta-feira, 30 de março de 2011

Como faço para parar se ...

Quero ou não quero?

dúvidasQuando você decide que não quer mais usar droga as coisas começam a ficar meio estranhas, a ansiedade aumenta o tempo não passa, o seu pensamento fica somente nela e você descobre que não é tão fácil como havia imaginado que seria.

De repente da uma vontade forte de usar, você tenta deixar pra lá, mas ela parece ser mais forte que qualquer outra coisa, e ai você chuta o pau da barraca e se convence de que um pouquinho não vai fazer mal, que você vai conseguir parar depois, e é nessa hora que você larga tudo e vai buscar a droga.
Essa vontade louca se chama fissura! 

No começo ela vem forte, muito forte, e se você não tiver uma força interior maior do que ela não conseguirá ficar sem usar a droga. É nesse momento que algumas pessoas descobrem que precisam de "ajuda" profissional para conseguir deixar de usar a droga de sua preferência. Que sozinho é muito difícil, pois os seus pensamentos o traem, sem que perceba está usando de novo. Iria por outro caminho, mas quando vê já está de frente a casa daquele amigo que tem a droga, ou na boca onde costuma comprá-la. Que não queria ir, que achou que poderia fazer outra coisa, mas voltou ao mesmo lugar de sempre. 
Como isso aconteceu? Por que é tão difícil?





Acontece porque somos como ratinhos de laboratório, ficamos condicionados àquele comportamento aprendido, e esse é um processo físico e psíquico. A pessoa que pára de fumar, por exemplo, no início não sabe direito o que fazer com as mãos, já que tinha a função de levar os cigarros até a boca continuamente durante o período que estava acordado. São reações motoras, físicas e psicológicas.



Você conhece o auto-engano? 

Acontece assim: você diz não quero, não vou, mas de repente se permite usar só mais uma vez, afinal não é possível que não possa se controlar. E ai você novamente se engana com a ilusão de que desta vez vai conseguir se controlar.
Os amigos que estão numa fase anterior a sua - que não perceberam ainda, ou não quiseram admitir que não conseguem parar -, continuam a te chamar para sair, para comprar e para usar. Você pensa em dar alguma desculpa para não ir, mas na hora H quando pensa na droga acaba indo junto.








Assim é um dia após o outro, até que você se convence de que sozinho não vai dar.
E como é difícil procurar ajuda. Aonde ir? Com quem falar? E a vergonha de contar para as pessoas? E se descobrem como fico? Mas será mesmo que não vou conseguir parar sozinho?
Um monte de coisa passa pela cabeça! Nossa que medo!

E agora, o que eu faço?




Que tal começar a dissolver as suas dúvidas?


Você não é a primeira pessoa e nem será a última a se sentir num momento estranho, mas pode ser o que conseguiu mudar essa situação.
Afinal de contas, valeu tudo o que você viveu, mas agora está em um outro momento e isso pode não te servir mais. 
Ja pensou nisso?

sera que eu encintrarei a luz no fim do tunel

Você está iniciando uma fase de mudanças.
Precisa começar a se entender, e aprender a fazer as coisas de forma diferente.

Para mudar as coisas que não estão legais na sua vida, é preciso ousar, e para ousar é necessário ter coragem!!

Vá em frente, insista na sua mudança e evolução. 
Boa sorte!



domingo, 27 de março de 2011

Alucinógenos (Santo Dime)

Alucinógenos





Ayahuasca:

É um preparado composto pela casca da árvore do mesmo nome e de folhas de "chacruna", dois exemplares da flora amazônica.

 
É usada em cultos religiosos (Santo Dime) com permissão do Conselho Nacional Anti-Drogas (CONAD).
O seu efeito é resultante da mistura entre uma substância da casca da ayahuasca com outra substância das folhas da chacruna. Cada uma dessas substâncias isoladas, não tem ação, mas, estando as duas juntas, ocorre uma interação com o sistema da serotonina, produzindo um estado de emoção transcendente e alucinações psicodélicas.

MACONHA

Maconha




A maconha é uma erva usada como substância psicoativa perturbadora do SNC,geralmente de forma fumada.
O seu princípio ativo é o THC, tetrahidrocanabinol. O teor de THC depende da variedade da planta, forma de cultivo e preparação do produto, variando desde 0,5 a 2,0% até 60%, como é o caso do haxixe, preparado da resina de folhas e flores dessa erva. A produção ilícita da maconha (ou marijuana) tem se preocupado em apresentar variedades com maior concentração de substância ativa como o "skunk", que conta com até 22% de THC.
O início da ação e a duração dos seus efeitos dependem da concentração do seu princípio ativo e da forma de administração da droga (quando fumada o efeito é mais rápido mas menos duradouro do que na forma ingerida), sendo que esses efeitos podem ser muito relacionados com a disposição prévia do humor do usuário e do ambiente de uso.


Os efeitos de um "baseado" (cigarro de maconha) constituem-se de uma alteração da consciência, diminuição da atenção, estado sonhador com ideação livre e desconexa. Lentificação e dificuldades da coordenação motora, voz pastosa, sendo importante o 
sentido de lentificação do tempo e distorção do espaço, tornando a direção de veículos perigosa até 10 horas após o uso. Pode aparecer uma sensação de grande bem-estar, euforia e riso, acentuação na percepção de cores, mas também pode surgir depressão do estado de ânimo ("baixo", na gíria), despersonalização e desrealização. 
Um cigarro com teor maior de THC pode levar a alucinações visuais coloridas. Pode aparecer medo e pânico, distorção da imagem corporal e sensação de peso nas extremidades.
Os canabinóides possuem receptores próprios (CB1) distribuídos pelo córtex cerebral (notadamente pré-frontal) e cerebelo, bem como no sistema límbico, sobretudo no hipocampo e nucleus accumbenspor onde liberam dopamina.
O seu uso habitual pode gerar afrouxamento das associações com fragmentação do pensamento e comprometimento da capacidade mental, alterações do pensamento abstrato, confusão, alterações da memória de fixação, isto é, na transferência de material da memória imediata para a memória de longo prazo. Prejuizo nas habilidades de falar corretamente, formar conceitos, concentração, atenção, lentificação e dificuldades da coordenação motora, ansiedade e depressão, oferecendo possibilidades para alterações da personalidade tais como passividade, ausência de objetivos, apatia, isolamento e falta de ambição e abrindo guardas para o uso de outras drogas.
A longa vida do THC no corpo humano (ocasionada por sua afinidade às gorduras onde se fixam) faz com que os usuários possam, de fato, permanecer cronicamente intoxicados e exibir prejuizos comportamentais e motivacionais, mesmo fora do período do uso ativo. 

Trabalhos recentes correlacionam com evidência a precipitação de surtos esquizofrênicos (psicose canábica) em jovens predispostos.
Os usuários de maconha não costumam se aperceber que grande parte dos seus problemas foi gerada pela droga, e ainda mais, do quanto ela agravou os problemas já tidos.
Em virtude de comprometer fundamentalmente a memória e a atenção, acaba por comprometer a atividade intelectual, o aprendizado e as habilidades sociais.
A maconha leva à dependência, com os seus componentes – tolerância e sofrimentos de abstinência. Esta se apresenta com pouca intensidade, pela propriedade do THC de ligar-se bem às gorduras onde podem estocar-se por maior tempo como dissemos acima, mas mesmo assim ocorrem problemas com o sono, irritabilidade e agressividade. Há que diga, com certo alívio, que a maconha "só" causa dependência psíquica. Isso não faz sentido, pois o que importa é que ela dá ao usuário a mesma impulsividade para obtenção e uso como quaisquer das outras drogas que chamam de "pesadas". 

NICOTINA

Nicotina



A nicotina é uma substância constituinte do tabaco e que lhe confere o poder de estabelecer dependência, estado pelo qual denominamos tabagismo. A nicotina é, portanto uma droga, a organização americana que estabelece as regras para a sua comercialização, não o reconheça.




A nicotina possui receptores próprios junto aos receptores de acetilcolina, ativando estes neurotransmissores os quais, como já vimos, age no hipocampo estimulando funções cognitivas, entre as quais a memória, e também proporcionando um efeito de relaxamento muscular através da sua ação sobre o sistema neuromuscular.
A nicotina proporciona a liberação de noradrenalina no locus coeruleus, aumentando a vivacidade, diminuindo as reações ao estresse e melhorando a concentração.
A nicotina estimula os receptores de dopamina aumentando a atividade do Circuito de Recompensa, atividade essa que, por sua vez é reforçada pela liberação de opióides endógenos.
A nicotina também interfere na ação da poderosa indústria já havia ativado uma propaganda muita bem elaborada, que atraiu milhões de pessoas ao seu uso.
Atualmente, a grande quantidade de evidências sobre a nocividade do uso do tabaco tem conseguido a necessária sensibilização política.

Anfetaminas (Extase)

Anfetaminas e derivados


medicamento,remédios,casamento,festa,dia da noiva











Estas drogas estimulantes do SNC são sintéticas e constituem o elemento básico dos medicamentos chamados "moderadores do apetite" mas, além do seu uso pelas pessoas que desejam perder peso, têm sido procuradas, com o nome de "bolinha" ou "rebite", por motoristas de caminhão, vigilantes noturnos, universitários, etc., por apresentar também efeitos como redução do sono e da fadiga, bem como aumento da capacidade de trabalho. A pessoa fala mais depressa, e como dizem, fica "ligada", com sentimentos de confiança e presunção. As anfetaminas estão relacionadas entre as substâncias de "doping" esportivo. 
Ice - Droga Sintética
ICE - Droga parece um Cristal 

Nos Estados Unidos encontra-se no mercado ilícito uma metanfetamina que chamam de "Ice", derivada da anfetamina, para ser usada em cachimbos.



O "Extase", atual droga da moda nas noitadas de "embalo", é outro derivado da anfetamina, chamado MDMA, que provoca euforia e um bem-estar intenso, juntamente a um desejo de intimidade, de conversar e de manter proximidade física (não sexual) com as pessoas. Pode elevar a pressão arterial e produzir hipertermia com muita transpiração e conseqüente desidratação.
As anfetaminas bloqueiam a recaptação da dopamina proporcionando, como a cocaina, um aumento da concentração desses neurotransmissor na fenda sinática. Uma dosagem maior pode levar ao bloqueio dos receptores, produzindo distúrbios da locomoção.
Também ativam os receptores da serotonina aumentando a sua liberação, da mesma forma em que fazem aumentar a liberação de noradrenalina, causadora da sintomatologia clínica referida.
Com o uso continuado, as anfetaminas podem causar problemas com a locomoção, visão turva e movimentos involuntários com os olhos (nistagmo), inapetência, náuseas, insônia, mudanças de humor, irritabilidade e alucinações. Nesse estágio atua como um alucinógeno, produzindo ataques de pânico, psicose tóxica, episódios paranóicos e depressão pós-anfetamínica. As dificuldades sexuais agravam os estados paranóicos e as depressões.

Cocaína

Cocaína

É a droga de sustento para o tráfico ilícito, em virtude do grande número de consumidores e da avidez com que estes buscam a droga. O cloreto de cocaina é um pó branco ("farinha"), usado por aspiração nasal. Ele também pode ser diluído em água e injetado na veia. Quando a cocaina é tratada por reativos alcalinos ela se empedra produzindo o cracke, que é fumado. A cocaina possui um elevado poder de dependência porque disponibiliza diretamente a dopamina na fenda sinática por impedir o retorno desse neurotransmissor à sua célula de origem. Após o neurotransmissor ter cumprido a sua missão junto ao receptor do neurônio pós-sinático e, impedido de retornar à sua célula mãe, ele fica na fenda repetindo a neurotransmissão, dando ao usuário o efeito imediato da droga. Nós dizemos que a cocaina impede a recaptação da dopamina. A recaptação é um mecanismo extremamente importante para o funcionamento equilibrado do SNC, porque o neurotransmissor tem que ser reciclado a cada uso para reagir eficientemente a novas exigências. Para agravar mais ainda os malefícios produzidos pela cocaina, esta droga ainda impede, da mesma forma, as recaptações de mais outros dois neurotransmissores: a noradrenalina e a serotonina.
Em virtude dessa ação farmacológica a cocaina produz as sensações psicológicas de magnificência, euforia, prazer e excitação sexual.
Quando usada de forma intermitente e em doses altas, como por exemplo, em noitadas de "agito" ela pode sensibilizar os neurônios, ocasionando irritabilidade com agressividade, inquietação e paranóia.
A engrenagem da dependência, no uso continuado de cocaina, estabelece-se com a desativação de um número de receptores pós-sináticos da dopamina, estendendo-se a outros receptores, como os da noradrenalina e serotonina.
Essa adaptação traz sérias conseqüências para o funcionamento cerebral, como o surgimento de estados paranóicos que podem atingir níveis psicóticos bem como depressões graves que podem levar ao suicídio.
A ação da cocaina sobre vários neurotransmissores pode gerar conseqüências simultâneas em vários sistemas orgânicos, entre as quais destacamos a mais comum, a falta de apetite, e a mais grave, o derrame cerebral, ao lado de respiração ofegante, aumento da pressão e até aumento da temperatura. 

INALANTES

Inalantes


Agentes anestésicos, lança-perfumes, solventes, cola de sapateiro, combustíveis e outras substâncias voláteis de uso industrial. Ativam os receptores GABAA e desativam os receptores NMDA do glutamato, donde o seu efeito depressor. Possuem efeitos indiretos que ativam a dopamina. 

Produzem inicialmente euforia com rebaixamento das inibições, seguindo-se de excitação e perda da coordenação motora, desorientação, visão turva com alterações na percepção de cores, distorção no sentido de tempo-espaço, vertigens, enjôos, inquietação, apagamentos.
 Os inalantes possuem potencial de dependência, gerando tolerância e sofrimentos de abstinência.

Álcool

Álcool
Bebidas alcoólicas
O álcool difere da maioria das outras drogas psicoativas por não possuir receptores específicos. Ele inibe os receptores NMDA do glutamato, conseqüentemente reduzindo a sua ação excitadora. Ao mesmo tempo ele ativa os receptores GABAA os quais,abrindo os canais de cloro, diminuem o ritmo dos pulsos elétricos chamados potenciais de ação, deprimindo o funcionamento do neurônio e causando, desde um efeito sedativo, até um estado de embriaguez, com redução do nível de consciência. O álcool também bloqueia a ação dos íons cálcio na liberação de neurotransmissores estimulantes. O seu efeito sedativo manifesta-se, inicialmente, por relaxamento e desinibição, diminuindo também a sensação de medo e punição.A sensação de euforia proporcionada pelo álcool provém da sua ação ativadora sobre os receptores dopamínicos existentes no nucleus accumbens. Essa ação já tinha sido evidenciada anteriormente em roedores, mas só recentemente pode ser provada com evidências no homem, com o advento de técnicas avançadas (Boileau). Age também sobre os receptores dopamínicos pré-frontais alterando, a curto e longo prazo, as seguintes funções dessa região cerebral:

a) Formação de conceitos (abstração)
b) Fluência verbal (flexibilidade mental)
c) Programação motora (relacionada ao comportamento) 
d) Sucetibilidade à interferência (tendência à distração)
e) Controle inibitório (auto-crítica, inibição de impulsos, comportamento apropriado às situações)
f) Funções executivas (iniciar ações, planejamento, resolução de problemas, antecipação de conseqüências, mudança de estratégias)
g) Memória operacional (memória de curto prazo, arquivamento temporário de informações para o desempenho de várias tarefas) 
h) Autonomia (livre-arbítrio, independência de suporte alheio)
O uso abusivo de álcool também pode reduzir os níveis de serotonina no SNC, e esta redução tem dado margem a numerosos trabalhos relacionados às depressões clínicas e também a atos de violência ocasionalmente verificados sob seu efeito.
Com a continuidade do uso começarão a surgir mudanças na emotividade e personalidade do alcoolista, tanto quanto prejuízos na percepção, aprendizado e memória. O alcoólico terá necessidade de uma observação visual mais prolongada para a compreensão do que se passa ao seu derredor, tendo também diminuída a sua capacidade de percepção espacial, isto é, da sua própria dimensão no espaço que ocupa, esbarrando com freqüência em objetos ou outras pessoas.
Tem dificuldade de abstração e resolução de problemas. O estado de dependência leva a uma desmotivação para atividades relacionadas ao sexo que, somada a alterações hormonais e nervosas, afeta de forma importante o relacionamento sexual, tanto nos homens quanto nas mulheres. Essa é provavelmente uma das causas do ciúme patológico. O alcoólico sente que o seu desempenho sexual fica aquém do desejável pela sua parceira, considerando-a vulnerável a uma infidelidade ocasional. 
Um alcoólico também pode apresentar um episódio de alucinações, principalmente auditivas, como o badalar de sinos, alguns ruídos familiares, vozes, etc., que cedem com pouco tempo de abstinência.
Chamam-se alucinoses alcoólicas, e servem de alerta para problemas ainda mais graves que possam acontecer, se o hábito não for cortado a tempo. A causa mais freqüente dos problemas com a marcha, entre alcoólicos, reside no sistema nervoso periférico, quando os nervos distais são atingidos pela polineurite alcoólica, mas o cerebelo, o órgão central da coordenação motora, quando afetado pelo uso continuado de álcool, também produz os mesmos problemas, e se estes ocorrerem junto a surtos de pequenos movimentos repetitivos dos olhos (nistagmos) e alguma confusão mental, já estará indicando uma encefalopatia de Wernick, doença que pode ser resolvida com a abstinência, mas se o uso do álcool não for interrompido, o alcoólico será atingido pela psicose de Korsakoff, uma devastadora doença psiquiátrica irreversivel, onde a pessoa esquece as coisas corriqueiras da sua vida diária assim que elas acontecem, reduzindo drasticamente os limites do seu campo de ação. Enquanto a memória remota ainda estiver preservada, as pessoas vivem literalmente do passado.

Essas doenças têm a haver com a deficiência de tiamina, ou vitamina B1, cujo metabolismo é prejudicado pelo álcool. Assim, o alcoólico pode até comer bem e apresentar essa deficiência vitamínica, numa verdadeira fome oculta. Quando a engrenagem da dependência está ativada num alcoólico, ele procura um meio de abastecer-se freqüentemente para não sofrer os sintomas de abstinência, entre os quais destacamos: 

Tremores: constituem um flagelo para os alcoólicos porque, além de denunciá-los flagrantemente da sua condição, limitam o uso das suas mãos, às vezes até mesmo para segurar o copo da bebida que lhe quebrará o jejum, aliviando também os outros sinais de abstinência. Não só as mãos tremem, pode tremer o corpo todo.
Náuseas: estas se apresentam logo ao despertar e impedem uma higiene bucal conveniente. Talvez o alcoolista não chegue a vomitar porque aprende contornar certas situações perigosas, como um desjejum adequado, isto é, muito reduzido ou ausente.
Sudorese: a transpiração excessiva dá ao alcoolista uma sensação de pele úmida, como se diz, um "suor frio", que vai melhorando na medida em que ele vai entrando na sua rotina habitual.
Irritabilidade: em sua residência, o alcoolista pode demonstrar-se irritado com seus familiares ou simplesmente com o ambiente doméstico. Um leve toque de campainha será suficiente para abalá-lo.Em um grau mais acentuado de dependência a sua perturbação de humor poderá atingir patamares mais elevados, apresentando transtorno de ansiedade e depressão.Na esfera psíquica esses sintomas contribuem de forma muito significativa para aumentar o consumo de álcool.
Convulsões: o limiar para convulsões fica rebaixado nos casos de uso abusivo tanto de álcool como de cocaina, tornando os seus usuários vulneráveis a episódios convulsivos, principalmente nos períodos de abstinência ou de diminuição dos níveis orgânicos de álcool ou da freqüência do uso da substância. 
Delirium tremens: é um quadro grave que pode assumir aspectos dramáticos, afetando os bebedores com longa história de uso que por qualquer motivo interrompam ou diminuam significativamente a ingestão de álcool.
O DT costuma acometer os alcoolistas após uns poucos dias (média de 3 a 6 dias) de abstinência. Ele se manifesta por rebaixamento da consciência, confusão mental, alucinações principalmente sensoriais como a visão, e mesmo a sensação de contato com aranhas ou outros animais (sempre miniaturizados), tremores, transpiração e muitas vezes, febre. Essa sintomatologia leva o paciente a uma desorientação no tempo e no espaço. É comum uma interação do paciente com a sua alucinação conferindo-lhe uma sensação de pavor que aumenta ainda mais os seus tremores.
O paciente precisa ser contido na cama para evitar que se debata ou saia correndo, transtornado pelas suas alucinações. E precisa ser levado ao Hospital para poder ser tratado com medicamentos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

INSS: licenças para Dependentes aumentam

 Aumentam licenças por dependência química
     A cada três horas, uma pessoa é afastada do trabalho para tratar a dependência química no País, revela relatório do Ministério da Previdência Social.
     Apenas em janeiro deste ano, foram concedidas 2.506 licenças, por mais de 15 dias, para dependentes do consumo de álcool, maconha, cocaína, anfetamina.
     O número reflete apenas uma das faces da influência das drogas no mercado de trabalho, já que expressa o problema só entre os que têm carteira assinada no Brasil.
Os dados mostram ainda que a dependência está em alta entre empreendedores, médicos, advogados, economistas, lixeiros, professores, funcionários públicos, todos do grupo cada vez mais amplificado nas estatísticas de transtornos de saúde desencadeados pelo uso de entorpecentes.
Enquanto no ano passado os peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concederam 31.721 afastamentos para funcionários dependentes, em 2007 foram 27.517 licenças, o que indica um aumento de 15%.


"O aumento nos números é multifatorial", avalia o médico Jarbas Simas, presidente da Sociedade Paulista de Perícias Médicas.
"De uma maneira geral, a crise pela qual passa a sociedade, a econômica inclusive, está levando o ser humano a procurar rotas de fuga e isso reflete em maiores índices da dependência química.
“Por outro lado, os métodos de diagnósticos, o controle das empresas com relação aos funcionários dependentes e a conscientização de que o assunto deve ser tratado como doença, também foi ampliado, o que influencia no aumento”, afirma Simas.

  Fonte: Jornal da Tarde | Fernanda Aranda

terça-feira, 22 de março de 2011

O poder de decisão e julgamento de um dependente fica prejudicado.

Alteração nas regiões que controlam o poder de decisão e julgamento. 

 Nora D. Volkow, M.D.  Diretora do NIDA –(National Institute on Drug Abuse)

Indecisão: Por que às vezes é tão difícil fazer escolhas?


As drogas de abuso alteram as regiões do cérebro que nos ajudam a controlar os nossos desejos e emoções.  




A perda de controle resultante leva a pessoa adita a perseguir compulsivamente as drogas, mesmo quando as drogas já tenham perdido o seu poder de recompensa.

A doença da adição pode desenvolver-se nas pessoas a despeito de suas melhores intenções ou retidão de caráter. A adição às drogas é insidiosa porque afeta as áreas cerebrais que as pessoas necessitam para o pensamento correto, o bom senso e boas tomadas de decisões em suas vidas. Afinal de contas ninguém deseja tornar-se um dependente.   

Como acontece a dependência da droga no cérebro

Dependência e o Circuito do Prazer no Cérebro: além da força de vontade.

Nora D. Volkow, M.D.  Diretora do NIDA –(National Institute on Drug Abuse)

Sumário
    • A adicção pode ser desenvolvida não obstante a melhor das intenções da pessoa e apesar da firmeza do seu caráter.
    • O uso repetido da droga rompe os complexos mas bem balanceados sistemas do cérebro humano.      
    • Muitas pessoas são aditas por mais de uma substância, complicando o processo da recuperação.
O cérebro humano é composto por uma extraordinariamente complexa e bem ajustada rede de comunicações contendo bilhões de células especializadas (neurônios) que dão origem aos nossos pensamentos, emoções, percepções e iniciativas. Freqüentemente a droga é usada pela primeira vez como opção para proporcionar prazer ou para aliviar uma depressão ou estresse, mas essa opção apresenta-se por período de tempo pequeno. Porquê? Porque o uso repetido da droga desequilibra - assim permanecendo - os então bem balanceados sistemas do cérebro humano, conseqüentemente substituindo as necessidades e desejos das pessoas na única direção da busca e uso de drogas. Nessa conjuntura os desejos e motivos normais terão dificuldade de competir com o desejo de uso da droga.    

Como o cérebro torna-se dependente?

Tipicamente acontece assim:

·         A pessoa usa a droga de abuso, seja maconha, cocaina ou o álcool, ativando os mesmos circuitos cerebrais do comportamento ligados à sobrevivência - fome, sede e sexo.  A droga causa um aumento repentino nos níveis de uma substância química cerebral chamada dopamina, que resulta em sentimentos de prazer. O cérebro recorda-se desse prazer e quer a repetição.

·         Da mesma forma que o alimento relaciona-se à sobrevivência no dia-a-dia da vida, as drogas assumem o mesmo significado para o dependente. A necessidade de obter e usar a droga torna-se mais importante do que quaisquer outras necessidades, inclusive quanto aos comportamentos verdadeiramente vitais, como alimentar-se. O dependente não mais procura a droga por prazer, mas para aliviar o sofrimento.

·         Para o dependente, a procura e uso da droga é tudo o que interessa, a despeito de suas devastadoras conseqüências.

·         Finalmente o controle, escolha, e tudo que uma vez tinha valor na vida da pessoa, como família, trabalho e comunidade, são perdidos na doença da adição.

Quais mudanças cerebrais são responsáveis por tão dramática alteração? 

As pesquisas em adição têm nos ajudado a esclarecer como as drogas mudam o modo de funcionamento cerebral. Essas mudanças ocorrem por:
  • Redução da atividade dopamínica.  Nós dependemos da habilidade de nosso cérebro em produzir dopamina para sentirmos prazer e para promover nossas respostas às recompensas naturais ao dia-a-dia da vida, como o aspecto ou cheiro da comida. As drogas produzem um rápido e elevado aumento da dopamina e o cérebro responde reduzindo a atividade dopamínica normal.  Essa redução torna o sistema dopamínico corrompido, incapacitando o adito de sentir prazer, mesmo com as drogas que procura para alimentar a sua adição.





Alcoolismo é doença?

Um pouco de história...

O alcoolismo só foi classificado como doença pela Oitava Conferência de Revisão, convocada pela OMS, reunida em Genebra, de 06 a 12 de Julho de 1.965, a qual teve por critério de classificação de doenças, sempre que possível, a etiologia, ao invés de uma manifestação particular.
As drogas ilícitas são consideradas drogas pelas OMS e tem classificação de doença desde 1948.

Em 1.977, por sugestão de Griffith Edwards (WHO offset publication n.32), o alcoolismo foi relacionado como uma Síndrome, ao lado das outras drogas causadoras de dependências químicas. Efetivamente, os transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de drogas possuem características comuns que permitem a sua reunião em um só título. Dessa forma, a Classificação Internacional de Doenças em sua décima revisão, de 1.994, apresenta critérios para diagnóstico de abuso e dependência comuns a todas as drogas, apenas diferenciando-as em sua categoria, assim:

F10-álcool.
F11-opiáceos.
F12-canabinóides.
F13-sedativos e hipnóticos.
F14-cocaina.
F15-estimulantes.
F16-alucinógenos.
F17-tabaco.
F18-solventes voláteis.
F19-múltiplas drogas.